Marvel Comics foi fundada por volta de 1930 e 1940 por Martin
Goodman, com o nome de Timely Comics . Goodman, um editor de revistas pulp que começou a vender histórias
de faroeste em 1933, expandiu suas atividades para um emergente - e até então
bastante popular - mercado de revistas de histórias em quadrinhos originais. Goodman
começou a empresa na 330 West 42nd Street, New York City, New York. Ele
oficialmente detinha os títulos de editor, editor-executivo e gerente de
negócios, com Abraham Goodman ocupando oficialmente o cargo de publisher.
A
primeira publicação ocorreu em 1939, com o número um da revista Marvel
Comics, onde se deram as primeiras aparições do super-herói Tocha Humana e do anti-herói Namor, o Príncipe Submarino. A equipe
por trás desse sucesso de vendas veio de uma outra publicação, Funnies, Inc.,
mas no ano seguinte, a própria equipe da editora ocupou o lugar. Com a segunda
edição, o título da série mudou para Marvel Mystery Comics.
O primeiro editor de quadrinhos da Marvel, o também
roteirista e desenhista Joe Simon, se juntou a quem
logo seria considerado uma lenda das HQ, Jack Kirby, para criar o
primeiro herói patriota, o Capitão
América, em Captain America Comics #1. (Março de 1941). Capitão América logo virou um sucesso
com uma circulação de quase um milhão. Portanto, nos anos 40 a Timely tornou-se muito conhecida.
Em 1939, Goodman
contratou o primo de sua esposa, Stanley
Lieber, como auxiliar de escritório em geral. Quando o editor Simons deixou a companhia no final de
1941, Goodman fez de Lieber - até então a escrevendo sob
pseudônimo como "Stan Lee"
- editor provisório da linha de quadrinhos, uma posição que Lee manteve durante
décadas, exceto por três anos durante o serviço militar na II Guerra Mundial. Lee escreveu extensivamente para a Timely Comics, contribuindo para vários títulos diferentes.
O mercado americano de quadrinhos de super-heróis caiu no
pós-guerra. A Editora de Goodman
deixou de publicar a maior parte, e expandiu-se para uma ampla variedade de
gêneros que a Timely Comics ainda não havia publicado, com ênfase no gênero
de horror, faroeste, humor, animais e historietas cômicas, crime, quadrinhos de
guerra, e posteriormente, acrescentando uma porção de revistas da selva,
títulos de romance e até mesmo espionagem, aventura medieval, histórias da
Bíblia e esportes. Como outras editoras, Goodman
também cortejou as leitoras com quadrinhos principalmente humorístico sobre
modelos e mulheres famosas.
Nos anos 50, a Marvel atravessou tempos difíceis,
da mesma maneira que as outras editoras. Goodman
começou a publicar com o nome de Atlas,
uma distribuidora de sua propriedade, em Novembro de 1951. Atlas, ao invés de inovar, seguia as tendências populares na
televisão e no cinema - faroestes e dramas de guerra em vigor por um tempo,
monstros de cinema drive-in em outro - e mesmo outras revistas em quadrinhos,
especialmente a linha de terror da EC
Comics. A Atlas também publicou
uma infinidade de títulos para crianças e humor adolescente, incluindo Homer
the Happy Ghost de Dan DeCarlo (fantasma à la Gasparzinho) e Homer
Hooper (adolescente à la Archie Andrews). A editora tentou sem sucesso
ressuscitar super-heróis entre 1953 e 1954, como o Tocha Humana (arte de Syd Shores e Dick Ayers, alternadamente), Namor (quase todas histórias escritas e
desenhadas por Bill Everett) e Capitão
América (escritor Stan Lee e desenhada John Romita Sr.).
A Atlas tinha no minímo cinco escritores
oficiais(chamados oficialmente de editores) além de Stan Lee: Hank
Chapman, Paul S. Newman, Don Rico, Carl Wessler e o futuro cartunista
da Revista MAD, Al Jaffee.
No final dos anos 50 e início dos 60, o sucesso inicial da DC Comics ao reviver o gênero de
super-heróis nas histórias em quadrinhos fez com que a Marvel seguisse o mesmo
caminho. Os principais expoentes desta época foram os seus empregados Stan Lee (edição e argumento) e Jack Kirby (arte), responsáveis pela
criação do Quarteto Fantástico. A
revista foi um enorme sucesso o que levou a Marvel a publicar outros
títulos de super-heróis, entre os quais se destacou o gibi do personagem Homem-Aranha, criado por Stan
Lee e Steve Ditko.
As histórias da Marvel
distinguiam-se das demais pelo universo em que se desenvolviam ter
características mais próximas da realidade, sendo muito mais humanizado. A
Editora explorava a caracterização dos personagens, principalmente em problemas
pessoais. Como no grupo X-Men que
surgiu originalmente para tratar-se sobre o preconceito na época, ilustrados
nos mutantes. No caso do Homem-Aranha,
ele era um jovem herói com alguma falta de autoestima e muitos problemas
mundanos, semelhantes ao de muitos adolescentes. O Demolidor era cego e enfrentava alguns problemas relacionados à sua
deficiência física. Este novo olhar acabou por incentivar uma revolução nas
histórias em quadrinhos (banda desenhada) estadunidenses com o passar do tempo.
No início dos anos 70, uma série de novos directores
trabalharam para a empresa em mais uma época não favorável para esta indústria.
No entanto, no final dessa década, a Marvel
estava novamente de boa saúde, graças a novos números de HQ e
principalmente pela à renovação do título dos X-Men, arquitetado principalmente
por Chris
Claremont e John Byrne.
Nos anos 80, Jim
Shooter era o diretor. Apesar da sua personalidade controversa, conseguiu
eliminar alguns dos males da empresa - como a não publicação das revistas no
prazo devido - e promover mais um renascimento criativo na Marvel, fazendo com que seus gibis tornassem-se ainda mais vendidos
.
Em 1981, a Marvel
comprou os estúdios de animação De Patie-Freleng Enterprises do famoso animador
do desenho da A Pantera Cor-de-Rosa,
Friz Freleng. A empresa foi rebatizada de Marvel
Productions Ltd. e produziu séries de desenhos animados bastante
conhecidas, como G.I. Joe, Transformers e Muppet Babies.